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Levantamento do DataSenado expõe cenário alarmante no Acre, com aumento nas denúncias e alta nas tentativas de feminicídio em 2024
Mais de 30% das mulheres do Acre já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar cometida por homens. É o que revela a Pesquisa Estadual de Violência contra a Mulher 2024, realizada pelo Instituto DataSenado e divulgada nesta quarta-feira (6) pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
O levantamento aponta ainda que uma em cada quatro mulheres vítimas relatou ter sofrido agressões nos últimos doze meses. As formas mais comuns de violência são a psicológica, física e moral.
Outro dado que chama atenção: 74% das acreanas conhecem uma mulher próxima que já foi agredida. O índice é superior à média nacional, evidenciando a dimensão social e cultural do problema no estado.
De acordo com dados do Ligue 180, divulgados pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal, os registros de denúncias no Acre aumentaram 33,6% em 2024, com destaque para mulheres pretas e pardas, principalmente com idades entre 20 e 24 anos.
Apesar da queda no número de feminicídios consumados — foram 7 casos em 2024, contra 10 em 2023 —, o número de tentativas de feminicídio subiu 60% no mesmo período, segundo a Polícia Civil do Acre.
A Polícia Civil do Acre passou a divulgar boletins periódicos com dados detalhados sobre os principais tipos de violência contra a mulher, incluindo tentativas de feminicídio, lesão corporal, ameaças, perseguição, descumprimento de medidas protetivas e casos de violência psicológica.