Vereadores reagem com ironia à nomeação frustrada de novo articulador político de Bocalom

Foto Rprodução

Anedota política

A nomeação relâmpago de Márcio Pereira como articulador político da Prefeitura de Rio Branco virou piada no plenário da Câmara Municipal na quarta-feira, 2. Nomeado por decreto para substituir o exonerado Jonathan Santiago, Pereira recusou o cargo poucas horas depois, alegando que não havia autorizado sua nomeação e que sequer foi comunicado previamente.

A nomeação ‘relâmpago’ gerou uma onda de falas irônicas entre os vereadores, que alternaram críticas e gracejos sobre o episódio — encarado por muitos como um retrato da desorganização dentro da gestão do prefeito Tião Bocalom.

O vereador João Paulo Silva (Podemos) foi o primeiro a ironizar a situação. Em tom bem-humorado, afirmou que chegou a subir à tribuna para parabenizar o novo articulador político, mas antes mesmo de concluir o discurso, o nomeado já havia desistido do cargo.

“Foi nomeado e pediu para se desnomear. Aí olhei no jornal do meu amigo Leônidas Badaró e vi que fui eu quem pediu a exoneração. São coisas do nosso querido Acre”, disse, arrancando gargalhadas dos presentes.

Em seguida, o vereador Neném Almeida (MDB) disparou críticas pesadas à condução política da prefeitura. Parabenizou Márcio Pereira não só pela nomeação, mas sobretudo por ter recusado o convite.

“Disse que não quer entrar nesse barco furado, nesse navio à deriva que se chama Prefeitura Municipal de Rio Grande”, declarou, em referência irônica à gestão de Bocalom, trocando propositalmente o nome da capital.

Na mesma linha crítica, o vereador Éber Machado (MDB) acusou o prefeito de deslealdade. Segundo ele, a nomeação de Márcio foi feita sem consentimento e o próprio indicado teria afirmado que pediria a anulação do ato. “Que vergonha, prefeito. Chupa essa. Ele não autorizou e vai pedir para tornar sem efeito”, afirmou Éber, elevando o tom do debate.

A vereadora Elzinha Mendonça (PP) tentou comentou sobre a nomeação que, posteriormente, tornou-se sem efeito a pedido do secretário. Ela afirmou que não procede a informação de que Márcio Pereira seria o novo articulador político de Bocalom. “O próprio Márcio, que é secretário do Partido Progressistas, esclareceu o mal-entendido. Foi um equívoco e ele me pediu para esclarecer essa informação”, disse.

Já o vereador Bruno Moraes (PP), em um tom leve e apaziguador, saiu em defesa do prefeito Tião Bocalom. “Não podemos, de maneira nenhuma, colocar esse peso no nosso prefeito, senhor Bocalom. A decisão final foi do próprio Márcio”, afirmou.

Para Bruno, o episódio decorre de uma possível falha de comunicação, sem intenção de expor o nomeado ou gerar crise.

Fato é que a nomeação e desnomeação de Márcio Pereira, em menos de 24 horas, evidenciaram mais que um simples tropeço político. A repercussão generalizada nas redes, nos sites de notícias e na própria Câmara mostrou que a articulação da gestão Bocalom enfrenta turbulências internas e dificuldades para consolidar lideranças.

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