Vereador aponta 2.731 mandados de prisão em aberto durante audiência pública

Foto Cedida

Durante a audiência pública sobre a insegurança vivida pelos moradores de Rio Branco, o vereador João Marcos Luz apresentou números assustadores, como o de 2.731 mandados de prisão em aberto no Acre. A sessão foi realizada na manhã desta segunda-feira, 04, na Câmara Municipal e reuniu representantes da sociedade civil, entidades ligadas aos taxistas e mototaxistas, policiais militares e Ministério Público.

O parlamentar informou que todo o debate será transformado em um relatório que será enviado para as autoridades estaduais, em especial os responsáveis pela Segurança Pública que não participaram do encontro.

“Nós que moramos na periferia sentimos na pele toda violência. Outra situação vergonhosa é termos o registro de altos índices de casos de feminicídio. No Relatório do Conselho Nacional de Justiça, temos 2.731 mandados em aberto, são pessoas que deveriam estar presas, sendo que algumas estão foragidas há anos”, criticou o parlamentar.

Segundo o tenente da Policial Militar, João Batista Lima, da assessoria militar do Tribunal de Justiça do Acre, a elevação dos casos de violência também é uma preocupação do Poder Judiciário, principalmente da gestão, que está aberta para o debate sobre o tema.

“Essa demanda é uma preocupação de todos os órgãos envolvidos na segurança da nossa capital, e o Tribunal de Justiça está sempre de portas abertas à sociedade. A violência é generalizada, por isso estamos aqui para debater sobre o assunto e contribuir com medidas capazes de solucionar o preocupante aumento da violência”. explicou o militar.

O titular da Procuradoria de Justiça Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, promotor Rodrigo Curti, aproveitou a sessão para reafirmar que a audiência pública representa o exercício constitucional de se buscar solução para os problemas envolvendo a insegurança, em especial as ocorrências registradas em Rio Branco que envolvem o crime organizado, o tráfico de drogas e o vício, vitimando principalmente os jovens. Ele ainda apontou que parte dos apenados do regime semiaberto quase não possuem fiscalização.

“Essa audiência pública possui um tema tão importante e caro a todos nós. Há a necessidade da construção dessa solução, não só por parte dos órgãos de estado, mas pela sociedade. O tráfico de drogas, a droga em si, vem acabando com parte dessa geração de jovens e crianças, e o crime organizado se vale do tráfico de substâncias e entorpecentes. Quem trabalha nos movimentos sociais de acolhimento dessa população vulnerável, entende e sabe do que estou a dizer, que a pessoa que está realmente com problema de drogadição não consegue se libertar dessas amarras da droga”, alertou o promotor.

A audiência pública foi convocada pelos vereadores João Marcos Luz e Capitão N. Lima como uma forma de reunir todas as autoridades e propor medidas de combate à criminalidade.

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