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O consumo de antidepressivos tem aumentado em diferentes países e se tornou um indicador relevante para compreender não apenas a saúde mental da população, mas também o acesso a diagnóstico e tratamento. Um levantamento internacional mostra que a Islândia lidera o ranking mundial, com 161 pessoas a cada mil habitantes em uso desses medicamentos, seguida por Portugal (139) e Canadá (130). No extremo oposto, Índia, Letônia e Rússia registram índices muito baixos. O Brasil aparece no meio da lista, com 58 usuários a cada mil habitantes.
Os números elevados podem indicar sociedades que identificam e tratam mais casos de depressão e ansiedade, enquanto índices baixos podem refletir dificuldades de acesso ao sistema de saúde, estigma social ou subnotificação.
No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE) de 2019 mostrou que cerca de 11,3% dos adultos já receberam diagnóstico médico de depressão, e quase metade dos diagnosticados (48%) afirmou ter utilizado medicamentos antidepressivos nas duas semanas anteriores à entrevista.
No Acre, o mesmo levantamento apontou que 6% da população adulta já recebeu diagnóstico de depressão, o que corresponde a cerca de 35 mil pessoas. Se aplicada a média nacional de uso de medicamentos, é possível estimar que aproximadamente 19 habitantes em cada mil utilizam antidepressivos atualmente no estado.
