Foto: Altino Machado
A Universidade Federal do Acre (UFAC) vai cravar sua presença definitiva na tríplice fronteira com a construção do Campus Fronteira Internacional, em Brasileia. O anúncio será formalizado nesta sexta-feira, 8, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação ao estado, quando deve ser assinado o ato de ordem de serviço.
Com R$ 40 milhões garantidos pelo PAC, a obra tem previsão de dois anos para conclusão e chega como a maior expansão da UFAC em mais de uma década. Serão ofertados seis cursos de alto impacto: Engenharia de Alimentos, Engenharia Agrícola, Direito, Enfermagem, Ciências Biológicas e Letras – Português. A escolha não é aleatória: a universidade aposta no fortalecimento da vocação produtiva e acadêmica da região, especialmente para o agronegócio.
“Esse é um sonho antigo que começa a se materializar. Queremos que o Alto Acre tenha tecnologia, pesquisa e mão de obra qualificada a poucos quilômetros de casa”, afirmou a reitora Guida Aquino ao Correio OnLine.
Atualmente, a UFAC mantém dois polos: o campus sede, em Rio Branco, e o campus Floresta, em Cruzeiro do Sul. O terceiro campus expande a presença da instituição para a fronteira com a Bolívia, criando oportunidades para que jovens permaneçam na região e para que produtores locais incorporem inovação às cadeias produtivas.
Os cursos de Engenharia de Alimentos e Engenharia Agrícola foram desenhados para dialogar diretamente com os desafios e potencialidades do campo, agregando valor à produção rural, aumentando a competitividade e apoiando modelos sustentáveis.
Ciência, inovação e parcerias
Mesmo com orçamento apertado, a UFAC tem intensificado investimentos em laboratórios e projetos voltados ao agro, apoiada por emendas parlamentares e parcerias estratégicas. A reitora lembra que a instituição mantém intercâmbios internacionais, como com a França, para troca de conhecimento no setor da pecuária.
“Esse é o caminho: unir pesquisa, inovação e campo. Estamos construindo um projeto que fortalece o agronegócio sustentável e amplia as oportunidades para nossos estudantes e produtores”, disse Guida.
Com o início das obras, Brasileia e todo o Alto Acre entram no mapa de um ensino superior de ponta, com foco no desenvolvimento regional, integração fronteiriça e geração de conhecimento aplicado à realidade amazônica.