Tião Bocalom descarta temporariamente decretar estado de calamidade

Foto Cedida

Em entrevista a imprensa, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, pontuou que a decretação de calamidade pública na Capital só ocorre se as águas do Rio Acre continuarem subindo. No momento, segundo ele, prefeitura e governo estão conseguindo amenizar crise usando o decreto de emergência, que permitiu ao governo e município receber recursos adicionais do Governo Federal.

“Se o rio continuar subindo muito, evidentemente que se pode decretar calamidade, porque começa a travar tudo, mas a princípio, acho que é uma coisa que podemos tratar juntos, Governo do Estado, Prefeitura. A verdade é que até agora, estamos conseguindo tratar disso com o decreto de emergência. De qualquer maneira, a Defesa Civil do Estado e de Rio Branco estão trabalhando no sentido de organizar tudo, mas eles é que devem nos orientar”, disse.

O tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, concordou com o prefeito e disse que a capital não apresenta os elementos necessários para o reconhecimento de uma calamidade pública. “Não temos elementos para uma calamidade. Rio Branco não apresenta elementos de reconhecimento de calamidade pública. Caso evolua o desastre e apresentemos-se os elementos, será solicitado”, afirmou o coordenador.

Nível do Rio Acre

Nível das águas do Rio Acre sobre mais um centímetro e chega a marca de 17,86m na capital acreana. A medição foi realizada pela Defesa Civil Municipal às 15h, desta terça-feira, 5.

De acordo com boletim da Prefeitura de Rio Branco, cerca de 17 mil famílias foram atingidas com a cheia do Rio Acre neste ano. O total de pessoas alagadas é de 70 mil pessoas, sendo 45 bairros atingidos e 23 comunidades rurais.

No Parque de Exposições, que abriga algumas das famílias desabrigadas ou desalojadas com o transbordamento do rio, estão instaladas 829 famílias, em um total de 3.316 pessoas. Cerca de 870 foram instalados.

Além disso, dez escolas foram destinadas como abrigos. Nesses locais estão acomodadas 184 famílias e 563 pessoas.

Contabilizando todos os abrigos, o total de famílias é de 1.013, sendo 3.867 pessoas.

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