Foto: Altino Machado
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Acre (Ufac) realizam uma paralisação nesta terça-feira, 15, na entrada principal da instituição, em Rio Branco. O ato faz parte de uma mobilização nacional da categoria e tem como foco a cobrança do cumprimento de compromissos assumidos pelo Governo Federal.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Terceiro Grau do Acre (Sintest/AC), a paralisação é uma forma de pressionar o governo diante do descumprimento de pontos previstos no acordo de greve firmado no ano passado. Entre as principais reivindicações está o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para os técnicos-administrativos, pauta considerada central pela categoria.
A representante do Sintest/AC, Mirza da Costa, afirma que houve um amplo processo de discussão sobre a carreira dos servidores, envolvendo estudos técnicos e a participação do grupo de trabalho nacional e da Comissão Nacional de Supervisão de Carreira (CNSC). Segundo ela, todo esse material resultou em um documento formal encaminhado ao governo federal, que acabou sendo ignorado.
“O que nos causa indignação é que esse estudo foi construído coletivamente, com base na realidade da categoria, e mesmo assim o governo optou por desconsiderar o conteúdo e apresentar uma proposta própria, totalmente diferente do que foi debatido”, destacou Mirza.
Ainda segundo a dirigente sindical, a proposta apresentada pelo Executivo não contempla todos os técnico-administrativos, o que amplia o sentimento de frustração entre os servidores. “Há um sentimento de que o esforço da categoria não está sendo respeitado. Isso afeta diretamente quem sustenta o funcionamento diário da universidade”, afirmou.
A mobilização desta terça-feira não prevê, até o momento, a suspensão definitiva das atividades, mas sinaliza que novas paralisações podem ocorrer caso não haja avanço nas negociações. Os servidores defendem que o reconhecimento profissional e o cumprimento dos acordos firmados são fundamentais para garantir condições dignas de trabalho e a qualidade dos serviços prestados pela universidade à sociedade acreana.
