O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) protocolou na quarta-feira, 21, a representação contra Alan Rick, no Senado. O pedido solicita à Corregedoria que o político seja julgado, de acordo com os artigos 17 a 21 do Código de Ética e Decoro Parlamentar.
O parlamentar usou a tribuna do Legislativo, na terça-feira, 13, para acusar médicos de realizarem “boicote” para impedir que formados em Medicina no exterior participem do Programa Mais Médicos. O setor jurídico da entidade avalia ainda outras ações a serem adotadas, em virtude da divulgação de dados que podem contribuir com a desinformação, além de estimular o discurso de ódio.
Para o 1º secretário, Gilson Lima, o ataque desferido pelo senador é ofensivo, o que motivou diversas notas de protesto contra o político por parte de entidades médicas.
“Encaminhamos a representação e, agora, o próprio Senado deverá avaliar o pedido. Aguardamos uma postura dura do Parlamento”, afirmou o sindicalista.
No discurso de ódio, Alan Rick afirma possuir cópias de conversas em grupos que comprovariam a participação até de CRMs na tentativa de impedir a escolha de formados no exterior pelo Programa Mais Médicos.
“E as informações que chegam é que realmente é uma prática costumeira propagada pelos conselhos para retirar as vagas dos médicos brasileiros formados no exterior. Recebi inúmeros prints de grupos de conversas com médicos, daqui do Brasil, dizendo que se inscreveram, mas não assumiriam as vagas, dizendo-se interessados apenas em suprimir, em impedir a ocupação das vagas por brasileiros formados no exterior”, falou o senador.
Segundo Guilherme Pulici, o parlamentar joga na lama a política ao tentar tirar a culpa da incompetência dos governos que deixaram de investir de forma apropriada no Sistema Único de Saúde (SUS), deixando hospitais sucateados.