Os servidores públicos das polícias civil, militar, penal e do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), compareceram à audiência pública da Aleac nesta quinta (25), para debater sobre a segurança pública e a valorização dos profissionais da área. Os profissionais enfatizaram a necessidade do aumento do efetivo de pessoal e da valorização salarial, para fortalecer a segurança no estado.
De acordo com o presidente da Associação dos praças da Polícia Militar do Acre, Jean Messias, debater sobre o Plano de Carreira é uma pauta indispensável porque “aumenta a responsabilidade, mas não aumenta o salario dos policiais”, que quando promovidos, recebem um aumento remuneratório de 160 reais.
Segundo o comandante geral da polícia militar, Coronel Luciano, o governo do Acre tem avançado nos investimentos da segurança pública. Entretanto, existe um impedimento nos avanços salariais e no aumento do efetivo da categoria. E que, se a segurança pública não pode repor o efetivo e ter uma melhora na remuneração, suas principais atribuições são comprometidas:
“Nós precisamos de apoio. Precisamos que a polícia militar tenha suas atribuições e continue garantindo o poder de polícia dos outros órgãos”, defendeu.
O coronel Mário César, representante do Instituto Sócio Educativo do Acre, expor a falta de direcionamento de recursos ao ISE e as dificuldades que o Instituto enfrenta para acessar os fundos de segurança pública:
“A nível nacional, a socio-educação não faz parte da segurança pública, mas a nível estadual, somos da segurança pública. Então, o ISE vive uma situação de gestão que precisa de recursos, porque ao contrário das outras forças, inclusive do sistema penitenciário, a socio-educação não tem um fundo nacional, não tem recursos federais e ainda não conseguimos acessar o fundo estadual de segurança pública”, contou.
O policial defendeu que a questão dos recursos do Instituto deve ser verificada porque o ISE tem um papel fundamental na segurança pública do estado do Acre: “Fazemos parte da segurança pública numa situação de prevenção. Recebemos jovens, muitos faccionados, que cometeram o roubo qualificado e o homicídio. Nossos servidores têm uma situação muito delicada no tratamento com esses jovens, e o nosso pessoal dá conta. E estão trabalhando muito forte e muito bem. Os nossos resultados mostram isso”, declarou, pedindo um olhar “diferenciado e especial” para os servidores.