Foto: Sérgio Vale
Profissionais da saúde do Acre se reuniram na manhã de terça-feira, 27, em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Aleac) para reivindicar a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que, segundo os servidores, está há 25 anos sem atualização. O movimento reuniu enfermeiros, técnicos, auxiliares e representantes sindicais, que cobraram agilidade do governo estadual no envio do novo plano ao Legislativo.
De acordo com Jean Lunier, presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), o plano já passou por estudos técnicos contratados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e agora está sob análise da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). “Estamos desde 2000 acumulando perdas salariais. O plano está pronto, já passou por estudo, e agora pedimos celeridade à PGE para que ele chegue à Aleac em tempo hábil de ser votado ainda este ano”, afirmou.
Durante a manifestação, os servidores ressaltaram o sentimento de abandono e alertaram para uma possível paralisação geral. Segundo o secretário-geral do Sintesac, Ivo Fernandes Leite, a categoria está unida e disposta a intensificar o movimento. “A principal luta da saúde hoje é a reformulação do PCCR. Se o governo não chegar a um acordo, foi deliberado pela maioria aqui que vamos para uma greve geral. Toda a saúde deve ficar atenta aos chamados dos sindicatos”, declarou.
A deputada estadual Michelle Melo (PDT) acompanhou o protesto e manifestou apoio à pauta dos trabalhadores. “Temos servidores que carregaram a saúde nas costas durante a pandemia e que agora esperam valorização. Muitos estão mentalmente abalados pela ausência de condições dignas de trabalho. Havendo brecha fiscal, a saúde deve ser prioridade absoluta do governo”, disse.
Alesta Costa, presidente da entidade que representa auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros do estado, também participou do ato e reforçou a urgência da medida. “Somos profissionais que fazem a diferença, que salvam vidas. O governo precisa olhar com sensibilidade para o nosso segmento. Chegou a hora de tirar o plano da gaveta.”
O novo PCCR da saúde tem sido aguardado com expectativa por milhares de trabalhadores ativos e aposentáveis, muitos deles à beira da exaustão por jornadas intensas e baixos salários. A categoria cobra do governo Gladson Cameli que honre os compromissos firmados e conclua a tramitação do plano ainda em 2024.