Servidores da Educação fazem paralisação e protestam em frente à Prefeitura de Rio Branco

Foto: Whidy Melo

Foto: Whidy Melo

Trabalhadores da rede municipal de educação de Rio Branco realizaram uma paralisação parcial na segunda-feira, 3, e se concentraram em frente à sede da prefeitura, no centro da capital. O ato, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), teve como principal pauta o reajuste salarial anual para repor as perdas inflacionárias acumuladas, que já ultrapassam 10%. Nenhuma escola foi totalmente fechada.

De acordo com o diretor jurídico do Sinteac, Ronilton Honorato, a paralisação é um alerta ao poder público após sucessivas reuniões sem avanços concretos. “Temos dialogado com a prefeitura, mas sem definições. O município condiciona o reajuste à reformulação do RBPrev, e nós entendemos que uma coisa não tem relação com a outra. Os recursos da educação são carimbados, separados do restante do orçamento, portanto, não há impedimento legal”, afirmou.

Honorato ressaltou ainda que a paralisação é legal e serve para reforçar as reivindicações da categoria. “Nós não estamos em greve, mas temos o direito de fazer paralisação. Queremos a reformulação do piso, o reajuste, a revisão da tabela do PCCR e a garantia de progressão e promoção dos trabalhadores da educação municipal”, destacou.

O movimento ocorre em um momento de tensão entre o sindicato e a administração municipal. A categoria aguarda uma audiência marcada para o dia 14 no Tribunal de Justiça do Acre, que deve definir se as restrições impostas a greves permanecem válidas.

Segundo o Sinteac, a mobilização tem duração prevista de apenas um dia, mas novas ações não estão descartadas caso o impasse persista. Enquanto isso, professores e servidores seguem cobrando diálogo e valorização profissional.

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