Sem melhorias no saneamento, Rio Branco pode ficar impedido de ter acesso a recursos público e privado

Foto Reprodução

“Temos nove anos para mudar a realidade do Sistema de Saneamento de Rio Branco ou estaremos impedidos de ter acesso a recursos públicos e privados”. A frase é do presidente do Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (Saerb), Enoque Pereira, ao relembrar as regras do marco legal do saneamento básico

Esta lei modifica uma série de normas nesse setor e prevê mecanismos para ampliar, em índices próximos a 100%, a rede de fornecimento de água potável e de coleta de esgoto pelo país até 2033. Também estabelece estímulos para a presença do setor privado.

De acordo com o Pereira, Rio Branco possui desperdício de 56% de água, apenas 20,6% do esgoto tratado e a distribuição de água atinge 85% da população. O marco do saneamento aponta que até o ano de 2033, a Capital deverá cair para 25% o desperdício, 99% da população deverá ter acesso a água em suas residências e o esgoto tratado deverá chegar a 80%.

“Isso significa dizer que se o nosso saneamento não receber os investimentos necessários, poderemos chegar em 2033 sem grandes mudanças e, consequentemente, não teremos mais acessos aos recursos públicos ou privados, ou seja, sem emendas ou empréstimos. O desafio é grande a participação de todos é fundamental”, disse.

Colapso no setor

Enoque Pereira ressalta a necessidade de mais investimentos a fim de evitar que o setor entre em colapso.

“O Sistema de Saneamento não é barato. Quando falamos que foi investido R$ 100 milhões, R$ 50 milhões, é de se pensar que trata-se de muito dinheiro, porém, não é muita coisa. Rio Branco tem muitos gargalos no saneamento devido a falta de investimentos na área”, disse Enoque ao destacar que o saneamento não acompanhou o crescimento urbano.

“Estamos com muitas equipamentos sucateados, o último grande investimento no setor foi na época do então prefeito Mauri Sérgio. O reservatório Placas, por exemplo, quando ele foi criado atendia 50 mil pessoas, hoje a realidade é outra e a estrutura não comporta mais e precisamos ampliar. Mas, isso tudo requer investimentos e precisamos do apoio de todos os parlamentares acreanos”.

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