Sem chuvas desde maio, Rio Branco enfrenta cenário crítico de seca

Foto: Walcimar Júnior

Foto: Walcimar Júnior

O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, emitiu um alerta contundente: 2025 pode registrar a pior seca já enfrentada pelo município. De acordo com Falcão, o decreto foi embasado em levantamentos técnicos realizados nas últimas três semanas em bairros urbanos e áreas rurais. Equipes da Defesa Civil e do Saerbe já vinham atuando em medidas emergenciais, como o abastecimento de água em regiões mais afetadas. “O cenário se agravou a cada dia, não era mais possível adiar essa decisão”, afirmou.

Pela primeira vez, o decreto foi emitido com base exclusivamente na seca — e não na estiagem, como em anos anteriores. A mudança no critério reflete a severidade do cenário, agravado pela ausência prolongada de chuvas desde maio.

Mesmo com a situação crítica, o coordenador ressaltou que, até o momento, não houve necessidade de decretar emergência por queimadas ou poluição do ar. Segundo ele, a parte ambiental está, por ora, sob controle, mas a seca avança de forma preocupante.

Com validade de 180 dias, o decreto deve ampliar as possibilidades de resposta do município. Além de permitir ações de assistência mais amplas, facilita o acesso a recursos dos governos estadual e federal. “Esse decreto vai nos auxiliar a pedir apoio a ministérios e ampliar nossa capacidade de resposta e ajuda humanitária”, explicou Falcão.

No ano passado, a prefeitura de Rio Branco realizou a entrega de 96 toneladas de alimentos para famílias da zona rural com base no decreto de estiagem de 2024. A expectativa é de que ações semelhantes sejam retomadas em breve. “A prefeitura tem feito muito com recursos próprios, mas precisamos do apoio institucional para ir mais longe”, concluiu o coordenador.

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