O Rio Acre atingiu, na sexta-feira, 18, o nível de 1,67 metro em Rio Branco, marca mais baixa registrada nos últimos 11 anos para o mês de julho. A capital acreana enfrenta uma estiagem severa e já acumula 31 dias sem chuvas, de acordo com a Defesa Civil Municipal.
Segundo o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil, em entrevista a site local, a última precipitação ocorreu no dia 17 de junho. As previsões meteorológicas apontam para, pelo menos, mais dez dias de tempo seco, o que pode agravar ainda mais a situação do rio e seus impactos à população.
“Mesmo que não se atinja os números recordes da seca de 2024, níveis como 1,30 metro já são suficientes para causar sérios problemas à cidade”, afirmou Falcão, ao destacar que os indicadores atuais são ainda piores do que os observados no mesmo período do ano passado.
A estiagem já traz consequências visíveis: comunidades ribeirinhas enfrentam dificuldades de navegação e risco de desabastecimento de água, enquanto na zona urbana crescem os focos de queimadas e os atendimentos por doenças respiratórias. A situação preocupa as autoridades e pode levar à decretação de emergência ainda neste mês, caso o cenário continue se deteriorando.
Falcão ressalta que a Defesa Civil segue atuando em campanhas educativas, combate direto a queimadas e articulação com órgãos públicos para tentar minimizar os impactos da seca. A mobilização deve ser intensificada nas próximas semanas, diante da possibilidade real de uma crise ambiental semelhante ou até mais severa que a registrada em 2024.