No coração da Expoacre 2025, um espaço tem arrancado elogios e despertado admiração de quem passa: é o Espaço Respira Acre, onde ancestralidade, inovação e identidade amazônica se transformam em arte e estratégia de futuro. Um dos nomes por trás desse sucesso é o designer Marney Carminati, responsável pela criação das peças que unem o saber tradicional da floresta com sofisticação contemporânea.
“Nosso maior desafio foi não descaracterizar o trabalho ancestral, respeitar as técnicas, mas ao mesmo tempo dar um toque de sofisticação. E acho que conseguimos. A reação dos promotores e do público tem sido emocionante”, contou Marney em entrevista exclusiva ao Portal Correio OnLine.
Embora o projeto tenha levado dois anos para se consolidar, a fase de criação e execução das peças ocorreu em apenas seis meses. O resultado é uma coleção que combina materiais da floresta, técnicas tradicionais e design moderno, com aplicações que vão desde acessórios e objetos decorativos até calçados exclusivos.
“Apresentamos a coleção no Inspira Mais, o maior salão de inovação da América Latina, e depois na BF Show, o maior salão de calçados do continente. A resposta da imprensa internacional foi surpreendente. Eles ficaram espantados com a força estética e simbólica dos nossos produtos”, relembrou o designer.
Uma estratégia de futuro com DNA amazônico
Mais do que peças bonitas, o Respira Acre é uma proposta de transformação: valorizar a biodiversidade, gerar renda para artesãos e promover a identidade amazônica no Brasil e no mundo. “Não é só design. É estratégia. A gente conectou biodiversidade, inovação e saberes ancestrais para gerar valor, renda e pertencimento. O mundo quer respirar novos ares — e o Acre tem isso pra oferecer”, resume Carminati.
Visitação aberta e convite ao público
O Espaço Respira Acre segue aberto à visitação durante toda a Expoacre, com programação especial, exposição das peças, interação com o público e venda simbólica de algumas criações.
“É importante que o povo venha, se reconheça nas peças e entenda o valor que a nossa floresta carrega. Tem muita gente emocionada aqui. É sobre identidade, pertencimento, e o futuro que podemos construir com as nossas próprias mãos”, finalizou Marney.