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O Acre aparece entre os estados com as menores taxas de investimento público no país, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O levantamento mostra que o estado ocupa a 24ª posição, sinalizando baixo nível de aplicação de recursos em áreas estratégicas, como infraestrutura, saúde e educação.
O indicador, que integra o pilar de Solidez Fiscal, mede a capacidade de gestão das finanças públicas e a proporção do orçamento direcionada a investimentos. Na prática, quanto maior a taxa, mais o estado demonstra equilíbrio fiscal e espaço para aplicar recursos em políticas que promovem produtividade e crescimento econômico.
Enquanto o Acre figura entre as últimas colocações, os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo aparecem no topo do ranking, refletindo maior eficiência na gestão fiscal e capacidade de investimento. No extremo oposto, os piores desempenhos ficaram com Rio Grande do Sul, Amazonas e Amapá, que registraram os menores percentuais de investimento em relação à receita corrente líquida.
O CLP explica que o indicador é resultado direto do controle de gastos com pessoal, previdência e custeio da máquina pública — fatores que influenciam o quanto o estado consegue investir com recursos próprios. No caso do Acre, o cenário reforça o desafio de equilibrar as contas e ampliar a execução orçamentária em áreas que geram impacto social e econômico.
O estudo, alimentado com dados do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), alerta ainda que a baixa taxa de investimento compromete o potencial de desenvolvimento regional e a capacidade dos estados de responder a demandas por infraestrutura, inovação e competitividade.
“O investimento público é um termômetro importante da saúde fiscal. Ele indica se o governo tem conseguido planejar e executar políticas que deixem legado”, destaca o relatório do CLP.
O Acre, apesar de avanços recentes em frentes produtivas e projetos de cooperação internacional, ainda enfrenta limitações estruturais e fiscais que restringem o volume de investimento direto. O dado de 2025 mostra que o desafio permanece em manter equilíbrio nas contas e, ao mesmo tempo, investir no futuro.