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O Acre aparece entre os estados brasileiros onde as famílias destinam uma fatia mais elevada da renda ao pagamento de dívidas bancárias, segundo dados do Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
De acordo com o levantamento, o estado ocupa a 22ª posição no ranking nacional de menor comprometimento da renda domiciliar com dívidas, o que, na prática, indica que os acreanos comprometem mais renda com financiamentos, empréstimos e outras obrigações bancárias quando comparados a grande parte do país.
O indicador mede a proporção da renda domiciliar total destinada ao pagamento de dívidas junto ao sistema financeiro. Quanto menor o percentual, melhor a posição no ranking. Estados mais bem colocados apresentam famílias com maior folga financeira e menor pressão do endividamento sobre o orçamento mensal.
No topo da lista aparecem Rio de Janeiro, Espírito Santo e Amazonas, estados onde o comprometimento médio da renda com dívidas é menor. Já nas últimas posições estão Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, com os maiores níveis de comprometimento.
No recorte regional, os dados mostram que estados do Norte e Nordeste concentram posições intermediárias ou mais baixas no ranking, refletindo uma combinação de fatores como renda média menor, informalidade no mercado de trabalho e maior dependência do crédito para consumo básico.
Endividamento como reflexo da pressão sobre a renda
Embora o ranking não avalie diretamente inadimplência, o indicador é considerado um termômetro importante da saúde financeira das famílias, pois aponta o quanto do orçamento mensal já está comprometido antes mesmo de despesas essenciais como alimentação, moradia e transporte.
No caso do Acre, a posição no ranking dialoga com outros indicadores econômicos recentes, como o alto custo da cesta básica, a baixa renda média domiciliar e a dependência de linhas de crédito para manutenção do consumo.
O CLP destaca que o indicador integra o pilar de Potencial de Mercado, que avalia condições estruturais para consumo, investimento e crescimento econômico nos estados brasileiros. Os dados utilizados são públicos, com base em informações do Banco Central, IBGE e Governo Federal.