Em um Brasil que ostenta o quarto maior rebanho de cavalos do mundo, o Acre mostra que também sabe pisar forte nas trilhas da criação equina. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado aparece com expressivos 140 mil cavalos, ocupando a 21ª posição no ranking nacional, à frente de estados como Sergipe (130 mil), Rio Grande do Norte (120 mil), Amapá (110 mil) e Santa Catarina (80 mil).
Os três primeiros colocados no ranking nacional são Minas Gerais (804 mil), Pará (517 mil) e Rio Grande do Sul (492 mil) — gigantes da pecuária. Ainda assim, o Acre segue firme, sustentando uma tradição rural marcada pelo elo homem-animal, onde o cavalo continua sendo instrumento de trabalho, lazer e símbolo cultural.
O levantamento confirma o papel estratégico do Acre no contexto da equinocultura brasileira. Mesmo com uma população menor e área territorial mais limitada que outras potências agropecuárias, o estado mantém uma cultura forte ligada ao uso do cavalo no campo, em vaquejadas, cavalgadas e no apoio ao transporte em áreas rurais de difícil acesso.
Os números ganham ainda mais relevância quando inseridos no cenário global: segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil possui aproximadamente 5,8 milhões de cavalos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e México.
Com o crescimento de festas tradicionais, cavalgadas e até festivais de rodeio, o rebanho acreano tende a se manter estável — e, quem sabe, até crescer. Criadores locais avaliam que com incentivo técnico e maior apoio à produção de rações e infraestrutura rural, o Acre pode subir no ranking e se consolidar ainda mais no mapa nacional dos criadores.