Foto Diego Gurgel Secom
Teve altar, teve vestido branco, teve olhos marejados e mãos trêmulas. Mas, mais do que promessas de amor eterno, o que se celebrou naquela noite foi algo ainda mais raro: o direito de existir com dignidade, no papel e no coração.
No marco dos 30 anos do Projeto Cidadão, quase 400 casais disseram “sim” sob as luzes da Expoacre, selando uniões que há muito já existiam — mas que agora ganham voz, nome e reconhecimento. Foi uma cerimônia coletiva, mas repleta de singularidades. Porque cada par que ali se uniu carrega uma história, um tempo, uma luta.
O casamento, naquele contexto, deixou de ser apenas rito. Foi gesto político, foi reparação, foi ponte entre o afeto e a justiça. Onde antes havia só convivência, agora há documento. Onde antes havia invisibilidade, agora há registro.
O Projeto Cidadão chegou aos 30 anos provando que cidadania não é favor — é construção. E que casar-se com dignidade também é um ato de afirmação, de autonomia e de fé no futuro.
Na Expoacre dos 50 anos, o amor não foi enfeite. Foi o centro da festa. E, entre alianças e certidões, o que se viu foi mais do que celebração. Foi história sendo escrita em letras maiúsculas — com papel passado e emoção presente.