Profissionais da educação das redes municipal e estadual promoveram uma paralisação geral na terça-feira, 6, em Rio Branco, para exigir valorização profissional, reajuste salarial e o cumprimento de direitos garantidos por lei. A mobilização foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e reuniu dezenas de servidores na Praça da Revolução, no centro da capital.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes ocuparam a frente do prédio da Prefeitura para pressionar o poder público. Segundo a presidente do sindicato, Rosana Nascimento, a categoria enfrenta dois anos sem reajuste, além de escolas com estrutura precária e falta de insumos básicos, como merenda escolar.
“Hoje, há escolas fazendo vaquinha para garantir a alimentação dos alunos. Isso é inaceitável. Não se trata de recusar o trabalho, e sim de denunciar o abandono”, afirmou Rosana.
De acordo com o Sinteac, mais de 50 unidades escolares não funcionaram nesta terça devido à paralisação. A presidente da entidade não descartou novas ações caso a prefeitura de Rio Branco e o governo estadual não apresentem propostas concretas para atender às reivindicações da categoria.
“Se continuarmos sendo ignorados, voltaremos às ruas com ainda mais força. Nossa luta é por dignidade e condições reais de trabalho”, reforçou.
A mobilização reforça o clima de insatisfação crescente entre os profissionais da educação, que denunciam a estagnação dos salários e o sucateamento das estruturas escolares como parte de um ciclo de desvalorização que afeta diretamente a qualidade do ensino.
Foto: Whidy Melo