Foto: Davi Sopchaki
A proposta de criar uma rede de cooperação entre iniciativa privada, comunidade e poder público voltou ao centro do debate na Câmara Municipal, na terça-feira, 9, com a apresentação do projeto Adota Rio Branco, de autoria do vereador Leôncio Castro (PSDB). A iniciativa prevê que empresas, entidades e associações de moradores possam assumir a manutenção de áreas públicas da capital em troca do direito de explorar a mídia nos próprios espaços adotados.
O texto busca enfrentar um problema recorrente na cidade: a deterioração de praças, canteiros, jardins e, sobretudo, paradas de ônibus. Muitos desses pontos, segundo o vereador, encontram-se destruídos, sem manutenção e sem condições adequadas de uso pela população. “A quantidade de paradas que estão destruídas não é pequena. A cidade sente essa falta de cuidado”, afirmou Leôncio durante a sessão.
A proposta autoriza que espaços públicos sejam adotados para ações como limpeza, conservação, paisagismo e revitalização. Em contrapartida, os adotantes poderão instalar identificação visual com sua marca, modelo já utilizado em outras capitais brasileiras. A ideia, segundo o parlamentar, é incentivar investimentos privados em locais de circulação diária da população.
Leôncio citou aplicações práticas que poderiam surgir com a aprovação do projeto. Comércios próximos a abrigos de ônibus ou praças, por exemplo, poderiam reconstruir e manter esses espaços, anexando a identificação da empresa. “Quando a empresa cuida do espaço, todo mundo ganha. A cidade fica melhor e o empresário também tem retorno de visibilidade”, defendeu.
O programa também abre espaço para que associações de moradores participem da adoção dos equipamentos públicos. A manutenção de praças de bairro ou trechos de parques, segundo o vereador, pode fortalecer o sentimento de pertencimento e aproximar a comunidade da gestão urbana. “A associação de moradores pode adotar o espaço e manter aquele ambiente vivo e bem cuidado”, disse.
A proposta será analisada pelas comissões da Casa antes de seguir para votação em plenário. Para o autor, o Adota Rio Branco representa uma alternativa viável para reduzir o impacto da falta de manutenção e ampliar o cuidado com áreas públicas. “O Estado do Acre e Rio Branco só vão crescer quando houver união entre iniciativa privada e poder público”, afirmou.
