O Projeto Cine Arte Recreio AC cancelou as sessões nesta quarta-feira (16) por falta de público. A coordenação da iniciativa divulgou um comunicado avisando que a exibição de filmes não vai ocorrer no Cine Teatro Recreio, que fica no Segundo Distrito de Rio Branco, na Gameleira.
A iniciativa exibe filmes independentes desde 2016 no espaço cultural. Contudo, depende do valor dos ingressos, sai por R$ 8 meia e R$ 16 inteira, para manter as sessões. A cada semana é lançado um filme, seja latino, autoral, cult que, geralmente, não entram em cartaz no circuto nacional.
“O comunicado que lancei pertence ao projeto que tenho desenvolvido há seis anos, que é de ocupação do Cine Teatro Recreio. As sessões correm o risco de não acontecer mais por falta de público. Mas, independentemente do meu projeto, não tem nada a ver com o funcionamento do Cine Teatro Recreio, que é um espaço público e que é administrado pela Fundação Elias Mansour”, explicou o coordenador do projeto, Marcelo Cordero.
O primeiro filme exibido pelo projeto foi O Abraço da Serpente, uma obra colombiana. Já nesta quarta-feira (16) estavam previstas sessões do filme alemão Disco Boy – Choque entre Mundos, do documentário brasileiro Môa, Raíz Afro Mãe; e o drama também brasileiro O Espaço Infinito.
“Amanhã [quinta-feira, 17] iríamos colocar outros em cartaz. Temos um público grande nas redes sociais, interagimos com o público, então, apesar disso, não temos uma resposta do público. Isso se deve a vários fatores: a falta de hábito de consumo de salas de cinemas, que se está perdendo, claro que o cinema independente sofre mais; e falta de apoio à cultura”, lamentou.
Ainda segundo Cordero, as últimas sessões têm dado entre duas a três pessoas. Ele disse que a suspensão não é permanente e vai acompanhar o comportamento do públicos nos próximos dias para decidir o que fazer.
“Foi uma provocação. Devemos voltar com um novo filme e estou vendo se vamos continuar com as sessões de Disco Boy, que está em cartaz há 15 dias. A intenção é mobilizar mais gente, provocar o pessoal em solidariedade ao projeto”, concluiu. (G1)