Produtores denunciam que escolas estão fechando devido falta de acesso nos ramais

Foto Arquivo pessoal

A preocupação do produtores é que no inverno a situação deve piorar ainda mais

“Temos certeza que a prefeitura não vai ser cumprir o cronograma nos ramais. Primeiro disseram que fariam 2.500km de ramal, depois caiu para 1.500km, e no final não execuraram nem os 600km que estamos fazendo questão”. A frase é do produtor rural, Raimundo Souza da Silva. Em participação na Tribuna Popular, ocorrida na Câmara Municipal de Rio Branco, na semana passada, ele frisou que a prefeitura não faz questão de dialogar com os produtores do município.

“Denunciamos a secretaria, pois vimos a incompetência daquelas pessoas para o setor, a primeira coisa que fizeram depois disso foi afastar o sindicato devido seus interesses próprios (…) nunca fomos ouvidos”, disse ele ao questionar a execução do cronograma de ações nos ramais pelo Executivo Municipal.

Segundo Raimundo, a troca da equipe proporcionou algumas ações nos ramais, mas não tem agradado a comunidade. Ele cita que foi encaminhado três Patrol para o Barro Alto, porém, no momento encontram-se paradas. “Semana passada eu passei no km 4 do Barro Alto e a três Patrol encaminhadas pela prefeitura estavam paradas. Achei que poderia ser alguma coisa relacionada a Diesel, mas três dias depois passei novamente lá e elas continuavam paradas. Ou seja, passaram uma semana arrumando uma ladeira”, disse.

O presidente do Sindicato dos Extrativistas, Josimar Ferreira, também presente no debate, reforça que a proximidade do inverno tem deixado os produtores preocupados.

“Dia cinco de maio nós estivemos aqui nessa casa em uma audiência pública onde tratamos de várias questões referentes a Seagro e, hoje, quatro meses depois nós estamos aqui retornando com os mesmos questionamentos (…) “o inverno se aproxima e o verão dando adeus e a secretaria até então não nos deu uma resposta. Esse programa Ramais da Dignidade para nós que moramos na zona rural é uma tragédia muito grande”, disse Josimar.

E acrescentou “em pleno verão as pessoas enfermas tendo que ser carregadas em redes devido não ter como entar carro nos ramais. Falta muito coisa para nós, falta educação, saúde, trafegabilidade, falta a prefeitura ter carinho com as pessoas que moram na zona rural”.

A secretária geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT – Acre), Lisiane de Araújo, cobrou a prefeitura o cronograma de execuções nos ramais.

“Peço ao líder do prefeito nesta Casa, o vereador João Marcos Luz que nos apresente quais ramais já recebream melhorias, quais ainda falta, o que está sendo feito. Peço ainda que esta Casa tenha consciência de que é preciso trazer o representante da Seagro aqui para dar explicações. Nenhum ofício aqui é aprovado quando se trata de fazer essa convocação e não entendo porque. Vocês representam a população e não os secretários”, disse.

Na ocasião, Liziane denunciou que escolas estariam fechando na zona rural devido a acessibilidade nos ramais. “É inaceitável as coisas que estão ocorrendo em pleno verão. Já vi muita coisa, mas escolar fechar no verão porque os ramais estão dificil de transitar é a primeira vez. É um desastre essa gestão”, destacou.

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