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A agricultura familiar de Rio Branco voltou ao centro do debate na Câmara Municipal com duras críticas à atual gestão. Na Tribuna Popular, representantes de sindicatos e entidades rurais alertaram que, sem mudanças imediatas, a capital pode enfrentar um cenário de desabastecimento nos mercados durante o próximo inverno.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares de Rio Branco (Sinpasa), Jozimar Ferreira, destacou que investimentos milionários em maquinário, adubo, calcário e combustível não resultaram em melhorias concretas. Segundo ele, os recursos foram aplicados sem planejamento, gerando desperdício e prejuízos.
“Estamos finalizando o verão e os ramais já apresentam atoleiros. Quando chegar o período de chuvas, ficará impossível transportar a produção. A cidade vai sentir a falta de alimentos básicos e serviços de emergência também serão prejudicados”, afirmou.
A representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre), Liziane Araújo Pedrosa, reforçou as denúncias, citando equipamentos abandonados, galpões inutilizados e distribuição de insumos sem acompanhamento técnico. “O que vemos é um descaso com o dinheiro público e com a agricultura familiar. O resultado é o enfraquecimento da produção local e a dependência de alimentos de municípios vizinhos”, disse.
Os representantes lembraram ainda de galpões abandonados, calcário desperdiçado e programas anunciados que não saíram do papel. Para eles, o desaparecimento de maquinários é a prova mais evidente da falta de gestão e de fiscalização na Secretaria Municipal de Agricultura.
“O campo pede socorro. O que vemos hoje é desperdício, perseguição e improviso. Se a prefeitura não mudar de postura, Rio Branco viverá o fracasso da sua produção e dependerá cada vez mais de municípios vizinhos para colocar comida nos mercados”, concluiu Jozimar.