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A prévia da inflação de novembro apontou alta de 0,20% no IPCA-15, levando o acumulado de 12 meses para 4,50%, exatamente o teto da meta definida pelo Banco Central. É a primeira vez desde janeiro que o indicador retorna ao limite permitido, num sinal de estabilização após meses de pressão sobre alimentos e serviços. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo IBGE.
Mesmo com o índice sob controle, alguns grupos voltaram a pesar no bolso das famílias. Despesas pessoais registraram a maior alta do mês, puxadas por hospedagem e pacotes turísticos, enquanto transportes subiram 0,22%, influenciados sobretudo pelo salto de 11,87% nas passagens aéreas — item que teve o maior impacto individual no indicador. Em sentido oposto, combustíveis e alimentos básicos aliviaram o resultado, com recuos expressivos no leite longa vida, no arroz e na gasolina.
A alimentação no domicílio manteve a trajetória de queda pelo sexto mês consecutivo, embora a alimentação fora de casa tenha acelerado. Já no grupo Habitação, a energia elétrica seguiu em queda, porém com menor intensidade, mesmo sob bandeira vermelha. Especialistas avaliam que o cenário segue de desinflação lenta, mas consistente, e a expectativa é de que itens mais voláteis, como passagens aéreas, percam força no índice cheio de novembro.
No Acre, onde o IPCA-15 não é coletado, a prévia funciona como termômetro do comportamento dos preços locais. O estado costuma sentir impacto mais intenso em segmentos como passagens aéreas, devido à dependência do transporte aéreo, e em combustíveis, cujo custo de logística pressiona o valor final. A tendência captada nacionalmente para alimentos também deve refletir em Rio Branco, favorecendo famílias de menor renda diante das quedas observadas em itens essenciais.
