Foto: Jardy Lopes
A Prefeitura de Rio Branco também já encaminhou à Câmara Municipal o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2026. O documento prevê um orçamento total de R$ 2,16 bilhões, com receita corrente líquida estimada em R$ 1,7 bilhão, e estabelece os eixos centrais da gestão municipal para o próximo exercício fiscal.
A LDO funciona como uma peça técnica e política que orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), detalhando os programas e ações que devem ser priorizados entre os já previstos no Plano Plurianual (PPA). A proposta atual reúne metas voltadas a saúde, saneamento básico, infraestrutura, mobilidade urbana, educação, habitação, cultura e políticas sociais.
Entre os compromissos listados estão:
– Elevação da cobertura de tratamento de esgoto para 40%;
– Reforço na atenção primária em saúde;
– Construção de 1,5 mil novas unidades habitacionais;
– Fortalecimento de iniciativas de economia solidária e apoio à produção rural.
Ao assinar o envio da LDO à Câmara, o prefeito Tião Bocalom reafirmou a estabilidade financeira da administração, mas fez ressalvas quanto ao cenário econômico para 2026.
“A prefeitura ainda mantém boa saúde fiscal, fruto de economias feitas ao longo dos últimos anos. Muitas das obras que estão em andamento foram viabilizadas com recursos próprios”, disse. “Mas sabemos que o próximo ano será desafiador. A inflação está corroendo nossa capacidade de investimento e talvez tenhamos que discutir uma nova reforma administrativa.”
O prefeito também mencionou a importância de manter os pagamentos em dia, em especial com o setor privado. “Quando assumi, a prefeitura tinha perdido a confiança de muitos fornecedores. Hoje, isso mudou. E não podemos permitir retrocessos nessa relação”, afirmou.
Com a proposta protocolada, a expectativa é de que a LDO comece a ser debatida pelos vereadores nas próximas semanas, com audiência pública prevista ainda para o primeiro semestre.