Após meses de aumentos, o preço do ovo começou a cair em algumas regiões do país. Dados do IBGE mostram que o produto teve queda média de 3,94% em maio, com deflação mantida em junho. Em Rio Branco, o recuo chegou a 9%, um dos maiores do Brasil.
Apesar da redução recente, o alívio ainda não é sentido de forma ampla. A inflação acumulada do ovo em 2025 já ultrapassa 24,8%, reflexo da forte alta no início do ano, quando o produto chegou a registrar aumento de até 67% em alguns estados.
De acordo com o economista Pedro Sales, a retração atual é uma correção de mercado após uma disparada histórica. Ele destaca que o preço ainda está longe de ser considerado acessível, especialmente para famílias de baixa renda.
No Acre, a queda no valor foi mais significativa na capital. Já em cidades do interior, como Sena Madureira, Tarauacá e Feijó, o preço segue elevado, com a dúzia sendo vendida por até R$ 14 nas feiras locais. A logística precária e a menor oferta mantêm os valores altos.
A chegada do inverno pode agravar a situação. Segundo a zootecnista Camila Braga, a produção tende a cair até 10% em função do frio, que exige mais energia das aves e aumenta os custos dos criadores com aquecimento e alimentação.
Mesmo com a recente queda na capital, o cenário no interior mostra que o preço do ovo continua sendo um desafio no prato do consumidor acreano.