Pornografia, maus-tratos contra crianças e adolescentes cresceram no AC em 2022

Crimes de pornografia, maus-tratos e estupros contra crianças e adolescentes cresceram no AC em 2022, aponta Anuário — Foto ReproduçãoTV Gazeta

Registros de abandono de incapaz, abandono material e maus-tratos infantil também aumentaram. Já o número de mortes violentas, exploração sexual e lesão corporal de crianças e adolescentes caíram no ano passado.

O Acre registrou alta nos crimes contra crianças e adolescentes em 2022 na comparação com 2021, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública.

Conforme os dados, entre as oito categorias de crimes contra o público infantil, cinco tiveram aumento no ano passado, com exceção de mortes violentas intencionais, lesão corporal no contexto de violência doméstica e exploração sexual.

A análise considera como crianças e adolescentes o público com idades entre 0 e 17 anos. No caso do estupro de vulnerável, o dado é de vítimas até 13 anos.

O levantamento considerou:

  • Crimes de abandono de incapaz
  • Abandono material
  • Maus-tratos
  • Lesão corporal no contexto de violência doméstica
  • Pornografia infantojuvenil
  • Exploração sexual infantil
  • Estupro de vulnerável
  • Mortes violentas intencionais

O crime de pornografia infantojuvenil foi o que sofreu maior variação, com 500%, seguido por abandono de incapaz, que teve um aumento de 38% (em 2021, foram registrados 50 casos, ante 69 ocorrências registradas em 2022).

O crime de maus-tratos teve um aumento de 28,1% em 2022 e a taxa ficou em 57,3 para cada 100 mil habitantes. Os casos de abandono material cresceram 25% entre 2021 e 2022, ficando com uma taxa de 1,8 por 100 mil habitantes.

Distribuição de crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos por faixa etária no Acre (%)

Fonte: Anuário Brasileiro da Segurança Pública

As mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes caíram no Acre em 2022. Entre as vítimas de 0 a 17 anos, houve uma diminuição de 10,5% dos registros na comparação com o ano anterior. No entanto, o número de assassinatos ainda soma 17 mortes no ano, ou seja, mais de uma morte por mês.

 

Fonte: Anuário Brasileiro da Segurança Pública

(G1)

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