População em situação de rua é alvo de ação com bombas no centro da capital, denuncia Kamai

Foto Assessoria

Uma cena comum nas periferias da guerra social urbana se desenrolou no coração de Rio Branco: bombas de efeito moral, sirenes e gritos. Mas não era operação contra o crime organizado. Era contra pessoas em situação de rua. Sim, moradores da cidade, muitos doentes, famintos, invisíveis — despejados à força do centro.

A denúncia foi feita pelo vereador André Kamai (PT) na tribuna da Câmara Municipal, na sessão de quinta-feira, 9, em um discurso carregado de indignação. “Mandaram a polícia, com bomba de efeito moral. Deram cinco minutos para que fossem retirados todas as pessoas, senão iam levar todo mundo preso. O prefeito de Rio Branco está mandando prender a nossa população. Isso é ditadura. Ele é um ditador”, declarou.

Kamai destacou ainda o contraste entre os investimentos da prefeitura em comunicação institucional e o tratamento dado à população em situação de rua. Segundo o vereador, há um desequilíbrio nas prioridades da gestão.

“Enquanto a gestão gasta milhões em propaganda, o povo que tem fome e dorme no papelão é tratado como caso de polícia. É a elite expulsando os invisíveis”, afirmou.

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