Ponto facultativo: audiência pública é adiada e causa indignação

Foto Cedida

A audiência pública que aconteceria na Assembleia Legislativa do Acre, com o objetivo de debater as dificuldades enfrentadas na busca dos direitos dos autistas no Estado, foi adiada sem aviso prévio devido ao ponto facultativo decretado pelo governo do Acre na noite da quarta, (1).

A psicopedagoga Cámala Menezes, portadora do autismo e mãe de uma criança autista, que compareceu à audiência e descobriu de seu adiamento enquanto aguardava o debate, diz que a atitude mostra uma falta de sensibilização e que espera que a pauta seja agendada brevemente:

“O autista trabalha com previsibilidade, e nós já tínhamos nos progamado pra isso. Isso causa uma desestabilizaste do nosso funcionamento neurofisiológico, e esse remarcar de data também um pouco de ansiedade. Fica aqui registrada a indignação, a falta de sensibilização, tínhamos uma coisa pra ser discutida mas não foi”, desabafou.

O deputado Luiz Gonzaga (PSDB), presidente da Aleac, foi o único deputado que compareceu ao local nesta quinta-feira, e explicou que o adiamento foi necessário porque os secretários do governo aderem ao ponto facultativo.

“Fazer uma audiência pública só por fazer não é o nosso propósito. Queremos fazer uma audiência pública aonde a gente escute as mães e busque a solução dos problemas. Pra isso, precisamos da presença dos secretários de saúde do município e do estado. Muita gente tá aproveitando o feriado, e infelizmente não contávamos com isso”, disse o deputado.

Além da presença de adultos e crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça também compareceram a Assembleia por conta da audiência.

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