O pecuarista Fernando Zamora, em desabafo nas redes sociais, escancarou contradições do discurso ambientalista adotado no Acre nas últimas décadas. Segundo ele, o modelo que deveria proteger a natureza “nunca foi realmente sobre meio ambiente”, mas sim sobre controle estatal e ideologia.
Zamora questionou diretamente os resultados das gestões ligadas à ministra Marina Silva e ao seu partido. “Ela foi ministra, senadora, deputada, o partido dela governou o Acre por 20 anos. Então por que ainda jogamos esgoto e lixo nos nossos rios?”, disparou. Ele lembrou que muitos municípios, como Tarauacá, seguem sem infraestrutura mínima. “O esgoto corre debaixo das casas. Crianças brincam nesse cenário.”
A crítica mais incisiva veio ao tratar das reservas extrativistas. Para o pecuarista, essas áreas são “assentamentos socialistas disfarçados”, onde os moradores vivem sem autonomia sobre suas terras. “Falam que a terra é do povo, mas o povo não pode vender, alugar, nem produzir. É o Estado que manda. Isso não é liberdade, é travar a vida de quem vive da terra”, afirmou.
Zamora também provocou o senso comum sobre o que realmente ameaça o meio ambiente. “Você tirar mato e plantar arroz, feijão, criar boi… isso é mesmo o problema? Porque jogar esgoto no rio, isso sim é comprovado que faz mal.”
O pronunciamento repercutiu fortemente entre parlamentares e moradores da zona rural, abrindo espaço para um debate sobre os rumos da política ambiental no estado. O vídeo da fala completa está disponível nas redes da Câmara.