Um morador de Rio Branco denunciou neste domingo (8) um suposto caso de omissão de socorro e agressão física ocorrido dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral, na capital acreana. O caso foi registrado em boletim de ocorrência e está sendo encaminhado aos órgãos responsáveis.
Segundo relato de Marcos Vinicius da Silva, de 34 anos, ele procurou a unidade de saúde por volta das 9h da manhã, em busca de atendimento emergencial para sua companheira, que estaria apresentando sinais de intoxicação medicamentosa após o consumo de grande quantidade de remédios calmantes. Ainda de acordo com Marcos, a mulher estava com dificuldades motoras e paralisia parcial no rosto, o que indicaria uma situação de urgência.
Ao chegar na UPA, o casal foi direto ao setor de emergência. No entanto, segundo o denunciante, o médico plantonista se recusou a prestar atendimento imediato, orientando que a paciente fosse encaminhada à triagem sem realizar uma avaliação prévia do estado clínico.
Durante a tentativa de registrar a situação com o celular, Marcos afirma ter sido ofendido verbalmente e agredido fisicamente pelo profissional. Ele relata que foi chamado de “vagabundo” e “babaca”, e que o médico tentou tomar seu telefone, além de desferir chutes contra ele. A confusão só foi contida com a intervenção de seguranças da unidade.
A identidade do médico não foi oficialmente confirmada. Marcos afirma que o profissional teria se identificado como “Auricon”.
O denunciante registrou um boletim de ocorrência e informou que buscará responsabilizar o médico junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e outras instâncias legais. A reportagem mantém o espaço aberto para posicionamentos da Sesacre, da direção da UPA e do profissional citado.
O que diz a legislação
Omissão de socorro é considerada crime previsto no artigo 135 do Código Penal Brasileiro e pode gerar pena de detenção de até um ano, além de sanções administrativas em caso de servidores públicos ou profissionais de saúde.
Com informações ac24horas