Oposição aciona MPF e Conselho de Ética contra Erika Hilton por nomeações polêmicas

Foto IANTERNET

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) está no centro de uma controvérsia que reacende o debate sobre os limites entre a função pública e a imagem pessoal no Congresso. A oposição protocolou na terça-feira, 24, duas representações contra a parlamentar: uma no Ministério Público Federal (MPF) e outra no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

O motivo? A nomeação de dois maquiadores — Ronaldo Hass e Índy Montiel — para cargos comissionados em seu gabinete. Os dois foram oficialmente registrados como secretários parlamentares, com salários que variam de R$ 2.100 a R$ 9.600. No entanto, segundo a denúncia, a principal atividade exercida por eles seria a prestação de serviços estéticos à deputada, o que poderia configurar desvio de função e uso indevido de recursos públicos.

O autor da denúncia, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), argumenta que a contratação afronta princípios da administração pública, como legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência. Ele pede a abertura de inquérito, eventual ressarcimento ao erário e punições que podem ir de censura até a perda do mandato.

Erika Hilton rebate e diz que os assessores exercem funções técnicas no mandato e que o trabalho com maquiagem é algo pontual, feito fora do expediente. “Se não me maquiassem, continuariam sendo meus secretários parlamentares”, afirmou.

A denúncia já gerou reações intensas nas redes sociais e no meio político. Para aliados, trata-se de mais um ataque transfóbico com verniz legal. Para a oposição, é o uso da máquina pública para fins pessoais — e com dinheiro do povo.

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