Foto: CMRB
Servidor de carreira há 38 anos na Prefeitura de Rio Branco, o vereador Antônio Moraes (PP) fez na terça-feira, 5, uma fala simbólica sobre a proposta de reforma previdenciária. Na oportunidade, ele alertou para o risco de se votar uma lei que pode “arruinar a velhice de quem carregou o município nas costas”.
“Estamos mexendo com a vida das pessoas. Se errarmos, essa conta vai cair nas nossas costas”, declarou Moraes, visivelmente impactado pela exposição do ex-vereador Raimundo Vaz sobre o tema.
Moraes relembrou sua trajetória e assumiu publicamente que já votou mal no passado — referindo-se à votação do reajuste das passagens de ônibus em 2013. Segundo ele, até hoje carrega o peso daquela decisão. “Na época, votei com a base. Minha foto foi usada contra mim em todo canto. Aprendi. Nunca mais voto contra o povo. Aprendi na pele que mandato é do povo.”
A fala de Moraes marca uma inflexão importante dentro da base aliada da Prefeitura. Embora historicamente ligado à gestão, o vereador deixou claro que, desta vez, seu voto será conduzido pela responsabilidade com os trabalhadores. “Estou mais preocupado agora do que antes. Porque o projeto nem chegou, e já sabemos o que ele pode causar. Reforma assim não se vota com pressa. Reforma assim se discute com verdade.”
Com sua experiência e popularidade entre os servidores, Moraes se coloca agora como uma das vozes mais respeitadas no embate sobre a Previdência. E já adiantou: vai defender a realização de uma audiência pública ampla, com presença das categorias afetadas, sindicatos, conselheiros e especialistas. “Vamos fazer direito. Não vamos enterrar os servidores com essa caneta. Quem construiu Rio Branco merece respeito.”