“O país que mais produz é o que menos pode plantar”, diz Tanísio Sá sobre embargos no Acre

Foto Sérgio Vale

Série especial – “O Grito do Agro”

Começa hoje no Correio OnLine a série especial “O Grito do Agro”, que mergulha nos impactos dos embargos ambientais sobre a produção rural no Acre. A partir da cobertura da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, vamos publicar uma sequência de reportagens revelando as vozes, denúncias e propostas que emergem do campo em meio a um cenário de travas, insegurança jurídica e colapso produtivo.

A frase que abre esta série — dita com força pelo deputado estadual Tanísio Sá (MDB) — resume o paradoxo vivido pelo setor: “O país que mais produz é o que menos pode plantar.”

Ao se referir à situação do agronegócio brasileiro — e, especialmente, à realidade da Amazônia — o parlamentar denunciou a limitação territorial imposta por legislações ambientais, que estariam travando o crescimento econômico da região e empurrando milhares de famílias à estagnação.

“A gente vê que o nosso país é um dos maiores exportadores de grãos, de carne, de frango… E mesmo assim, temos regras que nos impedem de ampliar a área produtiva. Imagina se tivéssemos só mais 2% ou 3% liberados: o Brasil ia crescer, gerar imposto, renda, emprego, dinheiro para saúde, educação, segurança. Isso é o que está em jogo”, afirmou Tanísio.

Comparações internacionais

A declaração foi feita após o deputado apresentar dados sobre a proporção de áreas produtivas em países como Estados Unidos, China e Argentina — comparando com o Brasil, onde apenas uma pequena parcela do território é efetivamente usada para cultivo. “Outros países produzem com liberdade e sem criminalizar o campo. Aqui, quem planta, vira suspeito”, criticou.

Tanísio questionou, ainda, o paradoxo de um país que preserva mais de 60% do seu território com vegetação nativa, mas que ainda assim sofre pressões e travas regulatórias que “inviabilizam o direito de sonhar com crescimento”.

Regras que travam a Amazônia

Segundo o parlamentar, o cenário é ainda mais crítico na região Norte. “Lá no Sul e Sudeste, o produtor pode usar até 80% da sua terra. Aqui, na Amazônia, só 20%. E nas unidades de conservação, como a Reserva Extrativista Chico Mendes, nem isso. Às vezes, só 10% ou menos. Isso cria um abismo produtivo entre regiões”, apontou.

Para ele, o Brasil está em atraso no debate ambiental-produtivo e precisa encontrar um modelo que equilibre preservação e desenvolvimento: “Não dá para falar de justiça ambiental sem falar de justiça social e econômica para quem vive da terra.”

A base de tudo

Tanísio defende que a agricultura seja tratada como base estruturante do país: “Tudo começa no campo. A comida, a renda, o imposto que banca os serviços públicos. Se você sufoca quem produz, você sufoca toda a cadeia.”

O deputado finalizou sua fala com um alerta: “A gente não está pedindo desmatamento. A gente está pedindo condição de plantar com responsabilidade. Isso não é só um pedido do agro, é um pedido do Brasil que quer crescer.”

Confira a segunda parte da série especial “O Grito do Agro” nesta quarta-feira, 16.

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Foto Sérgio Vale

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