Numero de animais mortos em rodovias do AC crescer 94,1% em um ano

Foto: Arquivo/PRF/AC

O número de animais mortos em atropelamentos nas rodovias do Acre cresceu 94,1% em 2023. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC) mostram que, entre janeiro e esse domingo (17), 33 animais foram atropelados na BRs-364 e 317, as principais que cortam o Acre.

No mesmo período do ano passado, foram 17 mortos em atropelamentos. O levantamento foi divulgado pela PRF-AC nesta segunda-feira (18).

O levantamento traz números também da quantidade de animais resgatados nas rodovias. Em 2022, as equipes policiais resgataram 177 animais e este ano o número subiu para 215. Um aumento de quase 22%.

Bois, cavalos e cachorros estão entre os animais mais resgatados. Já a capivara é o animal silvestre mais morto nas estradas.

Número de animais mortos em rodovias do Acre cresceu 94,1% em um ano

Cuidados básicos que precisam ser tomados para evitar atropelamentos:

  • Evitar dirigir à noite por conta na baixa visibilidade.
  • Quando tiver neblina na pista, reduzir a velocidade
  • Tentar frear ou parar no acostamento ao visualizar animal na estrada, principalmente de grande porte, e esperar ele concluir a travessia.
  • Sempre dirigir com faróis ligados.
  • Caso o animal permaneça na via, acionar a PRF pelo telefone 191 para que uma equipe faça o resgate
  • Respeitar a velocidade da via.

O porta-voz da PRF-AC, Wilse Filho, disse que o desmatamento clandestino, as queimadas irregulares e a caça predatória estão entre os principais fatores que motivam o aparecimento dos animais silvestres nas estradas. Na maioria das vezes, os bichos estão em busca de refúgio e acabam atravessando a pista inesperadamente.

“Quanto aos animais domésticos, a falta de manutenção das cercas em algumas fazendas, é um dos principais motivos de fugas das criações. Foram resgatados vários tipos de animais, como equinos, bovinos e caninos. Dentre os bichos silvestres mortos destacam-se as capivaras”, disse.

Queimadas e desmatamento

De janeiro até 19 de dezembro deste ano, o Acre registrou 6.562 focos de queimadas no estado. Feijó, Tarauacá e Rio Branco lideram o ranking de cidades que mais queimaram neste ano. Os meses mais críticos com relação a queimadas foram agosto, setembro e outubro, sendo que em setembro o número de queimadas chegou 3.075.

Quanto ao desmatamento, os dados também são preocupantes. Com mais de 14% do território explorado pela pecuária, o Acre é um dos locais que compreendem o “Arco do Desmatamento”, que se estende, além do estado, entre Pará, Mato Grosso e Rondônia, apontada como região de maior desmatamento na Amazônia Legal, e que teve avanço na conversão de florestas em pasto.

Isto é o que aponta um levantamento do MapBiomas Amazônia, apresentado durante a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com dados sobre todos os países abrangidos pelo bioma. (G1)

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