Novo mapa logístico transforma o estado em rota estratégica do Brasil

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Foto: Correio online 

O Acre pode estar prestes a virar uma das novas potências logísticas da Amazônia Ocidental. Para o produtor Jorge Moura, a localização estratégica do estado deixou de ser obstáculo e passou a ser uma das maiores oportunidades comerciais do país. Com a consolidação do corredor rodoviário pela BR-317, que liga o Acre ao Peru, e a reativação do debate sobre os portos do Pacífico, o estado está hoje a menos de 20 dias de navio da Ásia — um diferencial que poucos estados brasileiros têm.

“Estamos bem pertinho do Porto de Xangai. Daqui para a China são menos de 20 dias de navio. Isso muda tudo. Só falta a autoridade enxergar isso”, afirma Moura, entusiasta da integração internacional via rota interoceânica.

A fala do produtor vai ao encontro do que especialistas em comércio exterior têm chamado de “reposicionamento da fronteira agrícola amazônica”. Mais do que plantar, o Acre passa agora a sonhar com a exportação em escala. Moura acredita que o novo mapa logístico da região pode fazer do estado um dos grandes exportadores de commodities como soja, milho, carne e derivados de mandioca, com destino certo: a Ásia.

Além disso, a aproximação com o Peru e o possível uso do porto de Ilo ou outros portos peruanos para escoamento da produção já são pauta em articulações envolvendo o governo estadual, a ApexBrasil e o Itamaraty.

“Não tem cabimento a gente continuar dependendo dos portos do Sudeste se temos uma janela para o futuro aqui do lado. É mais rápido, mais barato e mais estratégico. Só falta vontade política e segurança para quem quer investir”, completa Jorge Moura.

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