Foto: Marcela Jansen – Correio online
O professor Eduardo Mitke, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia Ocidental, destacou que a inauguração do Laboratório de Bromatologia e Qualidade do Leite marca uma virada na capacidade do Acre de produzir dados confiáveis sobre a produção agropecuária.
Segundo ele, o estado vive uma carência histórica de informações técnicas, o que obriga produtores e técnicos a trabalharem muitas vezes no “achismo”. “A gente acha que a silagem tem tanto, que o milho tem tanto… e não sabe de fato. Agora vamos ter números e um banco de dados para orientar melhor o trabalho, inclusive do produtor na ponta”, afirmou.
Mitke explicou que o laboratório foi projetado para atuar em três frentes — pesquisa, ensino e extensão — e terá papel direto na formação de alunos, que serão integrados às rotinas de análise e poderão se capacitar para o mercado.
“Vamos precisar de bastante aluno e de várias disciplinas utilizando o laboratório. A ideia é gerar oportunidades, renda e qualificação para os nossos estudantes, além de dados inéditos que permitirão belíssimos trabalhos científicos na Amazônia.”
O professor também enfatizou que a universidade vai levar os resultados para o campo, diminuindo a distância entre pesquisa e produção rural. “A UFAC vai exercer novamente o papel de extensionista, indo até os produtores e mostrando que a universidade está presente. Isso ajuda a reduzir o abismo que às vezes existe entre o que acontece na academia e a realidade no campo.”
Ao agradecer a emenda parlamentar que viabilizou a compra dos equipamentos e a confiança depositada na universidade, Mitke disse que a estrutura está pronta para responder a novas demandas. “Os parlamentares têm confiado na UFAC porque conseguimos executar. E podem mandar mais, porque a gente entrega.”