“Não há desenvolvimento do Acre sem cooperativas”, afirma Cesário Braga

Foto: Rede Social 

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Durante entrevista ao podcast Correio em Prosa, odo Portal Correio Online, coordenador estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Cesário Braga, defendeu que o cooperativismo é a base estrutural do desenvolvimento sustentável do Acre. Em tom firme, ele afirmou que nenhum projeto econômico será duradouro se não for construído junto com quem produz, vive e resiste no campo.

“Não há desenvolvimento do Acre sem cooperativas. É a cooperativa que garante escala, dá força ao pequeno produtor e transforma esforço individual em resultado coletivo. É o que faz o agricultor deixar de ser refém do atravessador e se tornar dono do próprio destino”, destacou.

Braga afirmou que o Acre tem nas cooperativas o motor de um novo modelo de desenvolvimento, capaz de unir agricultura familiar, bioeconomia e inovação. Segundo ele, a força do cooperativismo vai muito além da produção: ela cria redes de solidariedade, fortalece comunidades e distribui riqueza de forma justa.

“As cooperativas são a expressão da união que o Acre precisa. Ajudam a gerar renda, movimentam o mercado interno e constroem uma economia que fica no estado. É por meio delas que o pequeno produtor tem acesso a crédito, assistência técnica e capacitação”, ressaltou.

O coordenador defendeu que o poder público amplie as políticas voltadas à formação de cooperativas e à assistência técnica, com foco em cadeias produtivas de valor, como café, leite, castanha, mel e borracha. Para ele, o desafio agora é transformar os bons exemplos em política de Estado.

“Nós já temos cooperativas que dão certo. O que falta é continuidade, investimento e crédito com propósito. O Acre tem a chance de construir um modelo próprio de economia sustentável, com base na cooperação e no trabalho coletivo”, completou.

Braga também destacou que fortalecer o cooperativismo é essencial para reduzir a desigualdade social e ampliar a autonomia do campo. “O cooperativismo é um projeto de libertação econômica. Ele não é sobre o que o governo faz, é sobre o que o povo constrói junto”, concluiu.

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