Até a tarde desta quinta, 27, somam 17 os militares detidos pela ação que o governo boliviano denunciou como tentativa de golpe de estado. Segundo Héctor Arce Zaconeta, representante da Bolívia diante da Organização de Estados Americanos (OEA), os detidos estão postos à disposição do Ministério Público do país.
A incursão militar que aconteceu na tarde dessa quarta-feira, 26, na praça Murillo do centro de La Paz, foi denunciado pelo presidente da Bolívia, Luís Arce, como “uma mobilização irregular de algumas unidades do Exército”, e depois como uma “tentativa de golpe de Estado”.
O movimento militar foi liderado pelo general Juan José Zúñiga, que era comandante do exército e foi um dos primeiros a ser preso na noite da quarta, junto ao ex comandante das forças armadas, Juan Arnez.
O embaixador Héctor Arce comentou que “quatro foram as razões para que essa ação de um militar irracional, que traiu seus juramentos, fracassasse”.
“Primeiro, a mobilização espontânea da população boliviana junto a posição de repúdio (ao ato militar) dos líderes políticos do país; a decisão do presidente Luis Arce de encontrar pessoalmente com o general responsável pela ação; terceiro, o fato de que o general Zúñiga não recebeu apoio de outras unidades militares que anteriormente se comprometeram em oferecer o apoio; e quarto, a reprovação internacional da ação”, detalhou.