Na aleac, sindicato dos Policiais Civis aponta desamparo da categoria por parte do governo do Acre

Foto Cedida

Durante a audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre, realizada para discutir melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial dos policiais civis do estado, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol) apresentou um relatório técnico que expôs a falta de estrutura, as precariedades nas delegacias e o baixo nível salarial da categoria.

Segundo o presidente do sindicato, Rafael Diniz, as reinvindicações estão sendo realizadas desde o primeiro ano de governo de Gladson Cameli: “São as mesmas pautas desde 2019. A maioria das unidades policiais estão precarizadas, sucateadas. Locais insalubres para o desempenho das atividades profissionais e de atendimento ao público”.

Diniz explicou que o sucateamento da Polícia Civil acontece há muitos anos, entretanto, o problema é que a gestão não tem ações efetivas para a resolução do problema apesar de estar ciente deles.

Por meio do laudo técnico, o sindicato mostrou as estruturas físicas precarizadas das delegacias, com fiações elétricas expostas, cupins no teto e falta de materiais básicos de trabalho, como os coletes.

As irregularidades nas unidades policiais de cidades do interior como Brasileia, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus também foram apontadas: “Se na capital tá ruim, no interior é ainda pior”, disse o presidente.

O baixo efetivo policial e da falta de pagamentos de gratificações, como a reposição inflacionária, também foram pautas apresentadas durante a audiência: “Até o ano de 2018, nós éramos uma das dez maiores polícias no tocante a remuneração. Menos de seis anos depois, nós estamos amargando os piores lugares nacionais”

Os dados da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) foram apresentados durante a fala do sindicalista, apontando que o governo de Cameli apresenta a pior evolução salarial para a categoria no Brasil entre os anos de 2019 e 2022, ocupando o 25° lugar no ranking.

Rafael afirmou que o Acre enfrenta uma politica governamental de desestabilização e diminuição da Policia Civil: “Não vão conseguir. A polícia civil é uma instituição permanente de Estado. Governo vai e vem, deputado vai e vem, e nós vamos permanecer. Por isso temos que ser valorizados. A criminalidade no nosso estado está aumentando, precisamos ser fortalecidos”.

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