MPAC vai apurar possíveis falhas em presídio após morte de suspeito de estupro no Acre

Foto G1

O Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou notícia de fato para apurar a morte de Adriano Ferreira da Silva, de 43 anos, suspeito de estuprar uma adolescente de 13 com transtorno do espectro autista (TEA) no abrigo do Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco. Ele morreu em um hospital na última sexta-feira, 28, após ser espancado em uma cela do Complexo Penitenciário.

Com o procedimento, o órgão busca apurar possíveis falhas ou omissões durante o período em que o suspeito ficou preso, e que podem ter contribuído para a agressão que causou sua morte.

Entenda o caso

Adriano Ferreira da Silva foi preso em flagrante na noite da última quarta-feira, 26, – após ter sido denunciado por familiares da vítima -, e teve a prisão preventiva decretada, em Audiência de Custódia, pelo juiz da Vara Estadual das Garantias, na quinta, 27.

Em depoimento na audiência de custódio, Silva negou o estupro, mas a prisão preventiva foi decretada por haver indícios da atuação do crime, como o depoimento da vítima e de familiares.

De acordo com informações do Centro de Operações Policiais Militares (Copom), a família se direcionou ao refeitório, mas a menor ficou no boxe em companhia da avó. Posteriormente, ao notarem a ausência da menina, foram informados por testemunhas que o suspeito havia levado a garota em direção às tendas.

A polícia informou ainda que chegando ao local, a família flagrou o rapaz e a vítima despidos. Ele segurava uma das mãos da vítima com uma das suas e tapava-lhe a boca com a outra, enquanto praticava o ato sexual. A irmã da vítima informou ainda que visualizou sangue nas partes íntimas da menina e que ela chorava reclamando de dores.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e uma ambulância basica foi enviada para prestar atendimento a adolescente. Ela foi encaminhada a Maternidade Bárbara Heliodora (MBH) para os devidos procedimentos e, posteriormente, levada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização do corpo de delito.

Em nota, o presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), Marcos Frank Costa, ressalta que Adriano Ferreira teria sido agredido por outros detentos que estavam acomodados na mesma cela que ele. O homem foi socorrido pelos policiais penais e encaminhado ao Pronto-Socorro, mas não resistiu e morreu ainda na madrugada.

Costa reforça que Adriano estava em uma cela com outros presos homens suspeitos de cometer crimes da mesma natureza.

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