Foto: Cedida
Cansados de esperar por uma obra que nunca saiu do discurso, moradores do Moreno Maia decidiram assumir o trabalho que seria obrigação da Prefeitura de Rio Branco. A comunidade se uniu, mobilizou recursos próprios e realizou a melhoria do ramal que havia sido prometido pelo prefeito Tião Bocalom dentro do chamado “Ramal da Dignidade”, mas que nunca chegou de fato à região.
A iniciativa nasceu da necessidade. As famílias relatam que a situação do ramal vinha se agravando a cada chuva, dificultando o transporte escolar, o acesso de veículos de emergência, a circulação de produtores rurais e o deslocamento diário de quem vive e trabalha na área. Diante da ausência do poder público, tratores e caminhões foram contratados pelos próprios moradores, que decidiram enfrentar sozinhos o problema para garantir condições mínimas de circulação.
A comunidade afirma que procurou o portal Correio OnLine para denunciar o abandono e registrar que a promessa de recuperação dos ramais continua mais presente na propaganda do que na prática. Para eles, não existe “ramal da dignidade” quando a população precisa pagar, do próprio bolso, por um serviço que a Prefeitura garantiu que faria.
Os moradores reforçam que não se trata de um favor, mas de um direito. Os ramais são vias essenciais para o escoamento da produção agrícola, para o acesso a serviços públicos e para a dignidade de quem vive na zona rural. Quando o Estado falha, a vida dessas famílias se torna mais difícil — e a comunidade do Moreno Maia decidiu não esperar mais.