Ministro Paulo Teixeira anuncia pacote para a Amazônia: Titulação, crédito e ‘florestas produtivas’

Foto: Juan Vicent Diaz

Foto: Juan Vicent Diaz

Em agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Cooperacre, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, apresentou um pacote que mira o núcleo duro da vida no campo: títulos definitivos para assentados, crédito do Pronaf com juros reduzidos e um programa de R$ 250 milhões para “florestas produtivas” — açaí, castanha, cacau, andiroba e dendê.

Segundo o ministro, o MDA, o BNDES e a Caixa compõem o bolo de recursos destinado à região Norte, com a promessa de prosperidade para quem vive da floresta e vende para o Brasil e para o mundo. Ele também comparou os resultados atuais com a gestão anterior e citou R$ 37 milhões em 2.951 contratos voltados à agricultura familiar já executados no estado.

No crédito, Teixeira reafirmou as taxas do Pronaf anunciadas pelo governo: 4% ao ano para produção de alimentos, 3% para sistemas agroecológicos, 2% para máquinas e 0,5% para o microcrédito do Pronaf B na região Norte — linhas que, na prática, destravam capital de giro e investimento de pequeno produtor.

O dia de anúncios em Rio Branco foi enquadrado pelo Planalto como um pacote de mais de R$ 1 bilhão em investimentos federais no Acre — de regularização fundiária a infraestrutura, energia e educação. No mesmo ato, o Ministério dos Transportes confirmou R$ 870 milhões para a reconstrução do trecho crítico da BR-364 e agenda para a ponte de Rodrigues Alves.

Ao longo da cerimônia, famílias assentadas receberam títulos simbólicos, e o governo prometeu manter o ritmo de criação de assentamentos e entregas de CCUs e títulos, conforme a programação oficial do MDA. Para quem vive da castanha e de outros produtos florestais, foi anunciado ainda um mecanismo de formação de estoques para estabilizar renda de extrativistas frente à oscilação de preços.

No discurso que rendeu manchetes, Teixeira também ironizou a tarifa dos EUA sobre a castanha e citou o selênio como cartão de visitas do produto amazônico — frase que incendiou as redes, mas que, por aqui, fica como nota de rodapé de um dia voltado a documento na mão e crédito barato no banco.

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