Na véspera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de junho, o mercado reduziu novamente suas expectativas para a inflação de 2023, desta vez de 4,98% para 4,95%.
Os dados fazem parte do Boletim Focus, divulgado na manhã de segunda-feira pelo Banco Central (BC).
A mediana das expectativas para a inflação nos próximos anos, porém, foi mantida, em 3,92% em 2024; 3,60 em 2025 e 3,50% em 2026.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgará, às 9h na terça-feira (11) o IPCA de junho.
Para os juros, depois da redução de estimativas vista na semana passada, o mercado optou pela manutenção. Para 2023, a projeção ficou em 12%. Para os anos seguintes, 2024 e 2025, se mantiveram em 9,5% e 9%. Alteração apenas em 2026, com aumento de 8,63% para 8,75% na mediada das estimativas dos economistas.
No dia 21 de junho o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Foi a sétima vez seguida que o Comitê decide pela manutenção da taxa. Assim, o patamar de juros no país continua no maior nível desde dezembro de 2016.
Era unânime a expectativa entre economistas de que o colegiado iria manter novamente a Selic em 13,75% ao ano. Para uma grande parte dos especialistas, porém, foi a última vez.
Um sinal mais forte de que o ciclo de aperto monetário pode estar no fim veio uma semana depois, com a ata da reunião. Nela, os membros sinalizaram que há espaço para o início do corte da taxa básica de juros já a partir do próximo encontro, marcado para agosto.
No câmbio, apesar da queda acumulada nos últimos meses, os economistas ouvidos para o Focus mantiveram em R$ 5 a estimativa para o dólar ao fim de 2023.
Para 2024, houve redução de R$ 5,08 para R$ 5,06 e de R$ 5,17 para R$ 5,15 em 2025. Para 2026, outra manutenção, em R$ 5,20.
Mesmo com a sinalização de que o ciclo de aperto monetário pode estar chegando ao fim, o mercado manteve suas projeções para o crescimento da economia em 2023 e 2024, em 2,19% e 1,28%, respectivamente.
Para os anos seguintes, 2025 e 2026, queda nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB): de 1,81% para 1,80% e de 1,90% para 1,88%.(CNN Brasil)