Médicos do Acre anunciam greve e cobram dívidas do governo estadual

Foto ilustrativa

A saúde pública do Acre enfrenta novos impasses. Os médicos da rede estadual decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira, 9, em protesto contra o não pagamento de valores acumulados pelo governo. A deliberação foi tomada em assembleia extraordinária do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), realizada na noite da última segunda-feira, 6.

Segundo a categoria, apenas os atendimentos de urgência e emergência continuarão funcionando, como forma de garantir a assistência em casos graves — incluindo o acolhimento de crianças, especialmente vulneráveis neste período de alta incidência de doenças respiratórias. Já consultas ambulatoriais e cirurgias eletivas serão suspensas enquanto durar a mobilização.

Entre os principais pontos de insatisfação estão gratificações e plantões extras que deixaram de ser pagos pelo Estado. Há médicos que aguardam o recebimento desde 2024. O sindicato denuncia que, até o momento, não há qualquer previsão concreta para que os valores sejam regularizados.

“O movimento foi aprovado de forma unânime. A categoria está exausta de promessas não cumpridas. Só voltamos ao trabalho completo após o pagamento das dívidas”, afirmou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.

Essa não é a primeira vez que os profissionais cruzam os braços por esse motivo. Em 2024, uma paralisação semelhante foi encerrada após um acordo que previa a quitação dos débitos — mas, segundo os médicos, o governo cumpriu apenas parte do combinado, agravando ainda mais o clima de frustração e desconfiança.

O sindicato reforça que a greve será realizada dentro dos parâmetros legais, garantindo o funcionamento das unidades de emergência e respeitando o direito da população a atendimentos essenciais.

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