Mais de 10 mil indicações para tapa-buracos seguem sem resposta em Rio Branco

Foto internet

A situação das ruas de Rio Branco tem gerado revolta entre os parlamentares da Câmara Municipal. De acordo com informações levantadas durante as últimas sessões, mais de 10 mil indicações para serviços de tapa-buracos já foram protocoladas pelos vereadores, mas seguem sem retorno efetivo da Prefeitura.

As solicitações foram registradas por parlamentares de diversos partidos e regiões da capital, e refletem um cenário de abandono da malha viária, principalmente em bairros periféricos. Em discursos recentes no plenário, vereadores relataram que moradores enfrentam ruas intransitáveis, prejuízos materiais e até dificuldades de acesso para ambulâncias e viaturas policiais.

“Apenas da Câmara, já ultrapassamos 10 mil indicações cobrando o básico: asfalto, manutenção, condições mínimas de tráfego. E a resposta da Prefeitura tem sido o silêncio”, disparou o vereador Neném Almeida (Podemos), em tom crítico.

Indicações viram papel arquivado

As indicações parlamentares são instrumentos formais previstos no regimento da Câmara para que os vereadores encaminhem demandas da população ao Executivo. Apesar disso, o volume acumulado sem execução evidencia a falta de articulação entre o Legislativo e a Prefeitura, além de indicar possíveis falhas na gestão das prioridades da cidade.

A vereadora Elzinha Mendonça (PP) também expressou indignação: “Em cinco meses de mandato, nenhuma das minhas indicações foi atendida. A população cobra da gente, mas quem tem a caneta para executar é a Prefeitura. O que falta é vontade política”, disse.

E completou: “a cidade está esburacada, não é um problema pontual. É um problema crônico, de gestão, de prioridades. A população já não acredita mais”, afirmou outro vereador que pediu anonimato.

População paga a conta

Enquanto as soluções não vêm, moradores convivem com pneus furados, motos atoladas e riscos diários de acidentes. Em muitos bairros, os buracos tomam conta de vias inteiras, inviabilizando o transporte público, as entregas e até o acesso de serviços essenciais como ambulâncias.

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