Má qualidade da merenda escolar destinada a escola estadual é discutida na Aleac

Foto Internet

O caso da má qualidade dos alimentos destinados à Escola Estadual Armando Nogueira (Cean) foi discutido na sessão plenária desta quarta-feira, 17, na Assembleia Legislativa do Acre. Os deputados estaduais Edvaldo Magalhães (PcdoB), Michele Melo (PDT) e Emerson Jarude (NOVO) delataram uma má conduta por parte da Secretaria de Estado de Educação, por não oferecer boas condições para os professores, servidores e alunos e não haver responsabilização sobre as questões denunciadas.

Após a divulgação do vídeo que mostrava a qualidade da carne oferecida para a merenda aos alunos, a Secretaria de Estado de Educação decidiu pelo afastamento das servidoras que respondiam pela direção e coordenação da instituição. Além disso, por meio de uma nota assinada pelo secretário Aberson Carvalho e divulgada na terça-feira, 16, foi informado que um processo administrativo interno seria aberto, para apurar a denúncia em relação à qualidade da carne fornecida à escola.

O deputado Edvaldo apresentou nesta quarta, 17, um decreto legislativo para suspender a decisão da suspensão das servidoras, que foram responsabilizadas pelo recebimento dos alimentos. Segundo o deputado, a decisão da Secretaria de Educação foi ilegal e antidemocrática: “Afastou de forma arbitrária, apressada e ilegal, não apenas a diretora, mas também a coordenadora de Ensino, porque expuseram uma prática conhecida de todas as escolas que é a entrega da merenda escolar de qualidade inferior. A Secretaria de Educação, ao invés de expor quem está cometendo o erro, pune para dizer para as demais escolas que é assim o riscado”, expôs Magalhães.

Michele Mello afirmou que a decisão de afastamento por parte da Secretaria consta como uma atitude de perseguição: “É muito triste o que a gente está vendo acontecendo na educação. Os servidores estão fazendo uma denúncia para a melhoria do serviço, e estão sendo massacrados, são perseguidos, inclusive são taxados de forma leviana, eu diria, de criminosos que roubam merenda escolar. Se a gente for dar uma olhada na imprensa aqui do Acre, a gente sabe muito bem quem são as pessoas envolvidas com crimes relacionados a merenda escolar aqui no Acre. Geralmente não são os diretores, muito menos os servidores”.

Continuando o debate, Emerson Jarude disse que a situação da escola Armando Nogueira não é única, e que o problema acontece em diversas escolas dos 22 municípios do Acre: “Quem está no dia a dia, que são os alunos, os professores, os diretores, acompanham de perto e vão continuar denunciando. Assim como está chegando para vários deputados aqui, tem comida que está sendo servida com larva, tem comida que está sendo servida com gosto de barata, tem carne que está sendo entregue com tumor. Essa é a realidade da merenda”, contou o deputado, alegando que uma “verdadeira máfia na merenda escolar do Estado” pode ser escancarada

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