Atendendo a requerimento da vereadora Lene Petecão, a Câmara Municipal de Rio Branco realizou na manhã de terça-feira, 27, uma Tribuna Popular no qual debateu a carência de servidores no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Acre. Na ocasião foi debatido também o fechamento de agências da Previdência Social no Estado.
“Peço o apoio e atenção dos nobres colegas com relação a este tema. O INSS só funciona para quem é letrado, o pobre que não sabe ler e escrever não tem condições de acessar as informações que lhes são de interesse. A carência de servidores é prejudicial ao trabalho desenvolvido ali, não apenas para o Estado, mas todo o país. Vale lembrar que mais de 50% das pessoas que moram aqui são pobres, sem estudo e vive eterna vulnerabilidade. Portanto, precisamos trazer esse debate a esta Casa”, disse a vereadora.
E acrescentou: “importante trazer nossos deputados federais e senadores para este debate. O senador Sérgio Petecão já assinou a Carta, ela é importante, pois é uma tentativa de serem ouvidos pelo ministro da Previdência Social. Nesse sentido é que peço aos vereadores que busquem seus parlamentares federais e peçam a eles que também assinem essa carta”, frisou.
Weslley Barbosa Ferreira e Gabriel Vasconcelos Souza, aprovados no concurso do INSS de 2022, foram recebidos no plenário da Casa durante a Tribuna Popular. Na oportunidade, Weslley ressaltou a importância de estruturar o INSS.
“É uma situação que ocorre no país todo. Para se ter uma ideia, aqui em nosso Estado tem seis agências e uma gerência executiva. Brasileia tem apenas um servidor público e Sena Madureira permaneceu fechada a agência durante muito tempo, depois começaram a fazer atendimento de 15 em 15 dias no mês. Fora outras agências do estado que estão defasadas”, falou o concursado.
E acrescentou: “os servidores de Rio Branco estava indo para o interior do Estado para atender as agências fechadas, sendo que existem 28 classificados para o Acre. Apenas dez servidores foram chamados, mas não é o suficiente para atender toda a demanda, tendo em vista que doze servidores já pediram abono, ou seja, estão se ausentando mais do que entraram”.
Em conversa com o presidente do Sindicato dos Servidores Federais, Weslley obteve a informação de que no Acre seria necessário no mínimo cinco servidores para atender a demanda da gerência executiva.
“No geral, para funcionar adequadamente mais de 25 pessoas são necessárias, então temos que lutar para que chamem essas 28 pessoas classificadas. Em minha cidade não tem servidor público para atender a população, vim aqui na cidade de Rio Branco e quando cheguei lá quem me atendeu foi o vigilante e me instruiu a acessar o aplicativo. Imagina um cidadão que sai do interior, mas quando chega para ser atendido em Rio Branco não consegue atendimento e precisa voltar em outro mês, agendar a sua consulta. A população está desesperada”, destacou.
Wesleey finaliza pedindo o apoio da Casa Legislativa. “Pedimos o apoio dos vereadores para que conversem com os seus deputados federais e senadores para abraçarem esse debate e assinem a Carta. Precisamos ampliar a discussão desse tema, precisamos levar até o ministro da Previdência Social e ao presidente da República”.