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O vereador André Kamai (PT) voltou a criticar, na terça-feira, 11, a postura da Prefeitura de Rio Branco no envio de projetos ao Legislativo, especialmente a forma como o Executivo tem conduzido a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. Segundo o parlamentar, os projetos chegam à Câmara “de última hora” e sem diálogo prévio com os vereadores, comprometendo o debate e a construção coletiva das leis.
Kamai afirmou ter apresentado 32 emendas ao texto da LDO, mas apenas quatro foram aprovadas — e todas vetadas pelo prefeito, incluindo as propostas de parlamentares da própria base governista. Para ele, o resultado é uma LDO “incompatível com as necessidades reais da população”, que representa apenas a visão da Prefeitura.
“É lamentável. A Prefeitura tem tido a prática de não discutir com a Câmara nenhum dos projetos que chegam. Todos chegam de última hora e, quando a gente apresenta as emendas legítimas do Parlamento, o Executivo tem a prática de vetar”, criticou.
O vereador destacou ainda que a LDO, embora seja proposta pelo Executivo, é uma matéria de competência do Legislativo, responsável por debater as prioridades e adequá-las à realidade orçamentária do município. “É um absurdo que a Câmara não possa participar da construção da LDO. Seria um contrassenso permitir que o Executivo impeça o Legislativo de cumprir seu papel. Essa lei orienta o orçamento e precisa refletir o conjunto da população, não apenas a visão do prefeito”, reforçou.
Kamai defendeu que a base do governo na Câmara derrube os vetos e restabeleça as emendas que visam corrigir distorções e atender demandas sociais mais urgentes. Segundo ele, a postura da Prefeitura enfraquece o papel do Parlamento e desrespeita a representatividade popular.